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Ovelha de Churra do Campo

"A lã não pesa à ovelha, e a barba não pesa ao bode."

HISTÓRIA

“A Churra do Campo deriva dos primitivos ovinos do tronco Ibérico-Pirenaico, que povoavam todo o Norte montanhoso da Península Ibérica.
É explorado na tripla função carne, leite e lã, e tem o seu solar a Norte do Concelho de Idanha-a-Nova, o Concelho de Penamacor e algumas manchas do Concelho do Fundão.
A sua melhor qualidade é a rusticidade, devido às difíceis condições edafo-climáticas em que vivem, embora a produção de leite suscite um maior interesse pela valorização do queijo de ovelha existente na Beira Baixa. É um animal pouco corpulento, explorado em regime extensivo e integrado no sistema tradicional de maneio da Beira Baixa, tornando-o produtor de carcaças leves, no que diz respeito á produção de carne. O borrego de leite é desmamado aos 2 meses de idade, sendo muito apreciado pelas suas qualidades sápidas.
O período de ordenha prolonga-se por 5 a 6 meses, com duas ordenhas diárias.
A lã é grosseira, churra, de toque áspero e própria para mantas e tapeçaria, de cor branca, mas apresentando com frequência um tom amarelado. Segundo o Arrolamento Geral de Gado de 1972 do Ministério da Agricultura e Pescas, a Churra do Campo representava 2,6 % do total ovino Nacional, isto é, existiam 62.215 cabeças.
Em 1987, em publicação da Direcção Geral de Pecuária, é referido um efectivo entre as 30.000 a 40.000 cabeças, ou melhor, quase metade do efectivo referido no Arrolamento Geral de Gado de 1972.
Em 1989, a Direcção Geral de Pecuária faz um novo levantamento da Churra do Campo e reconhece apenas 400 animais com as características morfológicas idênticas às definidas pelo padrão da raça.
Constata-se que em apenas 17 anos a Churra do Campo passa de um efectivo razoável, 62.215 cabeças, para a situação de extinção.
Em 1996, a Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior, visita o solar da raça, nos primeiros três meses desse ano, e constata a existência de algumas fêmeas com as características morfológicas definidas pelo padrão da raça, fêmeas essas que acompanhavam rebanhos heterogéneos, detectando ainda uma situação mais grave, que é, a não existência de machos puros e que segundo os testemunhos unânimes recolhidos em todas as explorações visitadas, tais machos tinham sido substituídos por outros de outras raças há cerca de 4 a 5 anos antes, havendo lógica nos depoimentos uma vez que só se encontraram ovelhas de raça pura com idade superior aos 4 anos.
Sendo assim, o número de 400 cabeças arrolado pela Direcção Geral da Pecuária parece estar certo.
Em 1997/8,decidiu então a Direcção Regional de Agricultura da Beira Interior adquirir um pequeno núcleo de 5 fêmeas puras e 2 borregos com as características fenotípicas da raça, na tentativa de criar um núcleo de recuperação da raça, existindo hoje já um efectivo de 16 fêmeas e 3 machos” ( DRABI – Castelo Branco 2004).
Em 2004 a raça estava considerada como extinta como mencionado em Relatório elaborado pelo INIAP.
Entretanto num Projecto Transfronteiriço, integrado no programa “INTERREG III” – Rotas da Transumância (2002-2008), a Câmara Municipal de Penamacor (CMP) e a Escola Superior Agrária de Castelo Branco (IPCB/ESA) propuseram-se envidar todos os esforços para recuperar a raça.
A CMP adquiriu vários animais, na região de Penamacor, a diversos criadores tendo dispensado 12 fêmeas à ESACB. Posteriormente, ambas as Instituições, adquiriram mais 24 animais cada.
A Direcção Regional de Agricultura alienou todo o seu efectivo animal tendo a CMP ficado com as fêmeas Churra do Campo.

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