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Cabra Charnequeira

"A cabras e a ladrões só se lhes diz o caminho uma vez"

História: São bastante antigas as referências à raça caprina Charnequeira. De facto, esta raça tinha, no século XIX, as suas características perfeitamente definidas. Grandes zootecnistas nacionais, como foram os professores Paula Nogueira e Bernardo Lima, descreveram-na e salientaram a sua importância no Sul do País. Contudo, no final do século XIX, as populações desta raça sofreram uma grande redução dos efetivos, pois as terras onde eram apascentados rebanhos foram convertidas em terrenos de cultivo de cereais que eram incompatíveis com a criação de caprinos. Este facto levou ao quase desaparecimento da raça. Subsistiram, no entanto, alguns núcleos no Norte Alentejo (serras de S. Mamede, Ossa e Portalegre), na Beira Baixa e, ainda, nas serranias do Sul do Alentejo e Algarve. Nestas regiões, os rebanhos tiveram que se adaptar a novas formas de criação, dados os menores recursos forrageiros disponíveis, levando a uma alteração dos parâmetros produtivos da raça, tornando-a mais rústica e adaptada a situações de carência alimentar. Só em 1987, quando a raça estava no limiar da extinção, se criou o seu registo zootécnico por despacho conjunto dos Ministérios das Finanças, Plano e Agricultura. A partir deste momento assistiu-se a um aumento dos efetivos da raça e a um renovado interesse dos criadores pela sua criação, sobretudo na região da Beira e do Norte Alentejo (onde a raça tem o seu solar).

Uso: Destes animais aproveita-se o leite, com o qual são produzidos queijo estreme ou de mistura com leite de ovelha. Também a carne do cabrito é muito apreciada, sendo consumida sobretudo nas festas natalícias e da Semana Santa, existindo vários pratos da afamada cozinha alentejana como o cabrito assado no forno, a caldeirada de cabrito, o ensopado de cabrito, etc.

Saber fazer: Estes animais estão permanentemente em pastoreio, sendo a sua base de alimentação as magras pastagens e os arbustos, nomeadamente a esteva e a urze das serranias onde continuam a ser criados. Só as crias, durante o primeiro mês de vida, são resguardadas em abrigos rudimentares e naturais, as «malhadas», por não poderem acompanhar as mães. Os partos ocorrem ao longo de todo o ano, já que as fêmeas desta raça são poliéstricas. Os animais agrupam-se em rebanhos que chegam a atingir duas centenas de animais, sendo acompanhados de um pastor e um ou mais cães.

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